sábado, 16 de fevereiro de 2013

Qajaq and kayak books - Livros sobre caiaques, tradicionais ou não




Livros sempre foram fonte de informação, entretenimento e aprendizado.

Quando comecei a ter contato com o caiaque, bem antes da 'era internet', conseguir informação era bem difícil; a literatura era escassa. Procurando bastante, encontrei na época um exemplar do livrinho "Tudo sobre caiaques" de Uwe Peter Kohnen. Era um livro fininho e parecia ter um título um pouco ambicioso demais, embora se chegue à conclusão de que, na época, era realmente tudo o que se podia saber, em português, através de um livro - afinal, era o único!


Em 2012 participei do primeiro Simpósio de Caiaque Ártico, em Valle María, Argentina. A partir da construção do primeiro caiaque tradicional, o "Black Jack", passei a procurar por bibliografia especializada no assunto.


A seguir, alguns livros específicos sobre caiaque tradicional:


"Qaanniornermut ilitsersuut / Instruktion i kajakbygning / Instruction in Kayak Building" - H. C. Petersen

Trata-se de um excelente livro a respeito da técnica tradicional de construção. É um livro caro e difícil de encontrar, trilíngue. Ainda bem que uma das línguas é o inglês!



"Eastern Arctic Kayaks - history, design, technique" - John D. Heath e E. Arima

Este é um livro de consulta, uma referência sobre os caiaques do Leste do Ártico.



"Building the Greenland Kayak" - Christopher Cunningham

Um manual que ensina a técnica de construção do caiaque groenlandês, do remo e de acessórios, como a jaqueta com saia integrada - tuilik.



"Kayaks of Greenland" - Harvey Golden

Mais um livro de referência, uma verdadeira obra de arte compilada pelo estudioso Harvey Golden.

A seguir, mais alguns livros que integram a biblioteca de um remador interessado pelo assunto:


"Alone at sea" - Dr. Hannes Lindemann



"Spirited waters" - Jennifer Hahn



"Kayaking made easy" - Dennis Stuhaug



"Paddle to the Amazon" - Don Starkell, editado por Charles Wilkins



"The complete book of Sea Kayaking" - Derek Hutchinson



"Guide to Expedition Kayaking on Sea and Open Water" - Derek Hutchinson



"Canoe and kayak handbook" - British Canoe Union



"Coaching handbook" - British Canoe Union



"Descending the Dragon" - Jon Bowermaster com fotografias de Rob Howard


"Alaska - 3000 km de kayak en solitaire" - Pierre Fijalkowski com fotografias de Rémi Benali e Philippe Poulet



"Sea kayak - a manual for intermediate and advanced kayakers" - Gordon Brown



"Southern Exposure - a solo sea kayaking journey around New Zealand's South Island" - Chris Duff



"Sea kayak navigation" - Franco Ferrero



"Rough water handling" - Doug Cooper



"Arctic crossing - A journey through the Northwest Passage and Inuit culture" - Jonathan Waterman



"Whitewater rescue manual" - Charles Walbridge e Wayne A. Sundmacher Sr.



"People of the deer" - Farley Mowat



"Cold oceans - adventures in kayak, rowboat, and dogsled" - Jon Turk



"Shackleton's Boat Journey" - F. A. Worsley



"Keep Australia on your left" - Eric Stiller




Aceita-se doações para a biblioteca continuar crescendo!!!

:)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Água salgada!!!


A primeira remada em água salgada com o Black Jack foi para a Ilha dos Lobos, no extremo Norte do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. É a única ilha oceânica do nosso estado.
Foi uma remada para testar o comportamento do caiaque em água salgada e nas ondas de Torres. Trieste Ricci remou com o caiaque Clandestino da Tiane, procurando se adaptar para a futura remada de circunavegação da Ilha de Santa Catarina, em fevereiro.
Passamos bem pelas ondas, remamos até a ilha, onde permanecemos somente alguns minutos e retornamos em seguida para uma sessão de treino no surf. Bela remada!!!

 [Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

terça-feira, 1 de janeiro de 2013



O primeiro dia do ano amanheceu meio sonolento, parecia estar de ressaca... A cidade vazia, as nuvens de chuvisqueiro que ora se transformava em chuva, um friozinho fora de época e vento soprando do Sul.
Nada muito animador para cair na água, mas... :)

Tiane e Tombinho me levaram ao Gasômetro, escolhido como ponto de partida. Já estava tarde, eram quase quatro horas, então a remada não seria muito longa. Imaginei um trajeto seguindo perto da costa até Ipanema, algo em torno de três horas de remada, considerando as condições não muito favoráveis.

 Saindo do Gasômetro

No Gasômetro operários desmontavam a estrutura de um palco usado para os shows da virada e a margem estava repleta de lixo, tanto na grama quanto na beira da água. Na grama, garrafas de bebida quebradas, copos plásticos... na margem do rio, todo o tipo de lixo imaginável... lamentável!

 [Foto de Tiane]

[Foto de Tiane]

Com ondulação e vento contrários, segui para o Sul. Pouco a pouco o Black Jack, caiaque tradicional skin-on-frame propulsionado pelo remo groenlandês, foi deixando o Gasômetro para trás.


[Trajeto e legenda sobre imagem do Google Earth]

[Foto de Tiane]

Pouco antes de passar pelo museu Iberê Camargo, cruzei pelos faroletes que ficam em mangrulhos bem perto da margem, um local por onde passa o canal de navegação.

 Mangrulhos sinalizando o canal de navegação

Mais adiante passei pela área do antigo Estaleiro Só, encontrando um pescador no cais. Ele me advertiu para tomar cuidado, pois dali para frente "a coisa fica feia"...!

Estaleiro Só

Perto do estaleiro fui para a margem no local que servirá como ponto de embarque e desembarque para uma nova estação do catamarã de passageiros. O trapiche fica bem em frente ao Barra Shopping Sul. Ao lado dele parei para retirar a água acumulada no caiaque.

[Trajeto e legenda sobre imagem do Google Earth]

Foi uma parada rápida, logo em seguida eu estava passando pelo Iate Clube Guaíba e pelo Veleiros do Sul.

 Iate Clube Guaíba

 Veleiros do Sul

No Veleiros passei bem ao lado do maxi boat Congere, um veleiro construído para regatas de volta ao mundo que naufragou na costa gaúcha e que foi resgatado e posteriormente restaurado.

Maxi veleiro Congere

Na proa, lááá no horizonte, a Chaminé do Gasômetro.

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Construções na beira da água

Após o Veleiros cruzei por uma área onde as construções avançaram rio adentro, praticamente suspensas sobre a água. Em seguida existem os clubes Sava e mais adiante Jangadeiros, que inclusive tem parte de sua sede em uma ilha. No Sava parei novamente para retirar a água acumulada no caiaque e aproveitei para tomar água. Um senhor se aproximou para conversar e expliquei-lhe sobre o caiaque e o remo (que despertou sua curiosidade). Retornando para a remada, mais adiante passei debaixo da ponte que liga a ilha à sede do Jangadeiros no continente.

 Sava

 Pedras

 Jangadeiros



 Passando pela ponte


Depois dos Jangadeiros cruzei pela área mais tumultuada da remada, a Ponta dos Cachimbos. Essa ponta é cheia de pedras aflorando a superfície da água e bem próximo dali existe uma área com maior profundidade, o que propicia condições favoráveis para um aumento no tamanho das ondas. A costa rochosa também contribui para a agitação das águas, tendo em conta a reflexão da ondulação pela margem.

 Pedras



[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

Contornando a Ponta dos Cachimbos, nas proximidades da Raia 1 (guarderia de windsurf) parei novamente na margem para retirar água do caiaque e me hidratar mais um pouco. A partir dali só faltava contornar o Morro do Sabiá e logo em seguida estaria em Ipanema.



 Mais pedras

 Ao longe a Ponta Grossa

 Chegando em Ipanema

Cheguei em Ipanema um pouco antes das sete horas da noite - o que significa dia claro com o horário de Verão. Tiane e Tombinho já estavam a caminho quando telefonei, de modo que nem precisei esperar muito tempo após sair da água. Foi uma bela saída, apesar da sujeira encontrada no caminho; as ondas e o vento contrários serviram para temperar a primeira remada do ano 2013, uma remada com cara de treino.

Nos próximos dias pretendo revisar com bastante atenção o revestimento do caiaque, procurando pontos por onde entra água. Provavelmente aplicarei mais uma demão de tinta a óleo para impermeabilizar o tecido, especialmente nas áreas com mais indícios de abrasão.

Feliz 2013 - Uhúúúúú!!!

Informações disponibilizadas pelo gps:

Distância remada: 16,21 km;
Tempo remado: 2 h 37 min;
Velocidade média: 6,2 km/h;
Velocidade máxima: 10,1 km/h;
Tempo parado: 19 min 7 s;
Velocidade média geral: 5,5 km/h.

 [Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]

[Trajeto e legendas sobre imagem do Google Earth]